Câncer de Colo de Útero

Como Prevenir o Câncer de Colo de Útero?
O Câncer de colo de útero, também chamado de cervical, é o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama, e é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. É um câncer de crescimento lento, que demora muitos anos para se desenvolver. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de colo de utero são: fatores sociais (baixo nível sócio-econômico), início de atividade sexual precoce, múltiplos parceiros sexuais e infecção pelo vírus do Papilomavírus Humano (HPV). O tabagismo (diretamente relacionado ao número de cigarros fumados) e o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais são hábitos também associados ao maior risco de desenvolvimento deste tipo de câncer.

Sabe-se que o HPV, de transmissão sexual, está relacionado com o desenvolvimentode aproximadamente 98% dos casos do câncer de colo de útero. Existem por volta de 200 tipos de HPV (de alto e baixo risco para desenvolvimento deste câncer) e entre os sorotipos de alto risco, os subtipos 16 e 18 são responsáveis por 70% de todos os cânceres cervicais e, entre os de baixo risco, os 6 e 11 são os que mais se relacionam com os condilomas genitais. Atualmente estão disponíveis dois tipos de vacina: a bivalente, que cobre os sorotipos virais 16 e 18 e a quadrivalente, que cobre os tipos 6, 11, 16 e 18. A vacina quadrivalente foi aprovada para mulheres entre 9 e 26 anos, e é recomendando que a vacinação ocorra entre os 11 e 12 anos, de preferência antes da primeira relação sexual. Atualmente a vacinação contra o HPV é o único método disponível para prevenção primária do câncer de colo uterino.

O exame para deteção precoce do câncer do colo do útero (prevenção secundária) é o Papanicolaou. Ele é de extrema importância uma vez que o câncer de colo uterino só apresenta sintomas em estagios mais avançados. As alterações celulares precursoras deste câncer são detectadas neste exame e por isso é fundamental a sua realização periódica. O rastreamento deve ser iniciado após três anos do início da atividade sexual e deverá ser realizado até os 70 anos de idade para mulheres de baixo risco, se apresentarem três exames anteriores normais. Para uma eficácia maior do exame, a mulher deverá evitar relações sexuais, não usar duchas ou medicamentos vaginais nos três dias anteriores à coleta do papanicolaou e não estar menstruada. Mulheres diagnosticadas precocemente, se tratadas adequadamente, têm quase 100% de chance de cura.